Eu daria muito mais por aquelas tardes com ele.
As fotos que ele tirava enquanto ouvíamos Edith Pìaff , como cantei “ne me quite pás” para ele enquanto me enrolava no lençol que depois ele desenrolava, para poder me tocar , sentir minha pele, me sentir , me abraçar e me beijar ,as mãos dele quando se entrelaçavam com as minhas e quando o sol estava entrando pela sala de manha que eu acordava ele com carinhos e beijos e depois ia preparar o café e sentia ele atrás de mim, ouvia na verdade pelo click da câmera, fui sua melhor modelo, ele meu único fotografo, ele deslizava as mãos pelas minhas costas, pelos meus braços ,eu largava o café, eu largava tudo por ele, por mais um minuto com ele, mais um beijo.
Eu daria muito mais por aqueles dias que passamos juntos dançando e bebendo vinho, a mão quente dele na minha cintura e tanto que ele gostava quando minhas pernas se entrelaçavam com as dele quando deitávamos , como ele me descabelava, e me dava prazer simplesmente por falar :Te amo.
Quantas fotos foram?cinquenta?cem? Quem se importa!Agora elas estão largadas e soltas por ai em qualquer canto, em qualquer canto . . .
Eu daria talvez qualquer coisa para sentir ele me puxando pela perna , me agarrando e falando em meu ouvido qualquer coisa, me explicando sobre fotografia, com aquele sua voz rouca.
Eu daria muito mais por aquelas tardes com ele, uma pena dizer que eu não era ,não fui e não sou a unica que faria isso.
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